as betas pra quem quer ir no dedo de deus, via leste com maria cebola ou blackout

foto do antônio paulo, repare no escalador

foto do antônio paulo de um escalador no lance da maria cebola


















(essa postagem está tendo muita visita, então eu me senti na obrigação de deixar claro que se qualquer pessoa decidir ir escalar o dedo de deus, deve estar preparada(o) para esse tipo de atividade e dos decorrentes riscos. essa é uma matéria livre escrita por mim, ducha, (existem varias matérias copy/paste nesse blog) para facilitar a orientação de quem está indo pela primeira vez ao dedo.
se voce tem vontade de ir e não está preparado existem dois caminhos: faça um BOM curso básico de escalada em rocha, treine algo de aeróbico e escolha bem seu parceiro(a); ou procure um guia certificado (http://aguiperj.org.br/)

cheque a meteorologia e
cheguem BEM cedo
principalmente se estiver indo pela primeira vez!!!)

face leste do dedo de deus
dossiê secreto

baixa o termo aqui:
preenche e manda um fax, não paga nada por enquanto.
a outra opção é preencher e levar o termo, deixar na portaria de guapimirim e partir pro hortifruti, já la no alto da estrada para teresópolis. isso tudo imaginando que você está vindo do rio.

estaciona o carro atras do hortifruti, numa rampa de cimento. eles pediram pra não deixar no estacionamento da frente, de paralelepipedo.

desce a estrada 1,5 km, passa a santinha (onde o rio passa por baixo da estrada) e procura uma entradinha meio fechadinha perto duma placa do parque. tem um zig zag de alambreado no inicio e uma placa do parque nacional (outra) logo no inicio, pra confirmar. muitas vezes encontrei funcionarios do parque no acostamento, conferindo se os escaladores fizeram o registro.
sobe um trilha bem empinada e óbvia por uma hora (caminhando bem) ate o cabo de aço.
na base do cabo, se estiver com amigos que escalem bem, eu sugiro ir cada um por si, de sapatilha e luva. solo. pode se ensolteirar no cabo e tchuc, tchuc, tchuc… é mais rápido.
mas se tiver gente menos preparada pode dar segurança que tem umas paradas duplas pra isso, ao longo dessa primeira parte mais em pé.

depois da parte mais em pé, o cabo continua dentro de uma florestinha alternando com pedaços de bacalhau (corda velha), até que vem a bifurcação fácil de errar, pra direita, que vai pra leste. se continuar reto a trilha vai pra texeira, a via original de 1912 e minha sugestõa de descida.
da ultima vez tinha uma seta riscada numa lajezinha no chão e até um totemzinho (tipo izabeloca). lembra que tem que ir pra direita!

aí a trilha fica mais aventura, trepa mato numa diagonal pra direita ate o colo entre o polegar e o dedo, molhadinho então é uma beleza, passa na base do diedro salomith e: tchum, face leste. no colo pode se encordar, se tiver so em dois pode subir mais um pouco mas é uma base meio apertada, numa arvore torta…que lugar...

dai pra cima rola um bolderzinho logo no incio que eu domino meio dando a volta pela direita meio dominando mesmo e depois vem algum trepa mato ate o primeiro lance, e o primeiro grampo de 1/2 da via, a uns 50 metros do colo. ai vem uma chaminezinha curta meio estreita que vai abrindo, saindo a direita (não confundir com a via nova do antonio paulo que sobe reto) um piton num lance de agarras lindo e um lance pra direita agarrando uma raiz, (dá uma olhada pra trás!) passa em volta de um bloco grande entalado e chega no platô da arvore. parada no tronco da arvore.

desenho feito pelo unicerj

a única sugestão, em geral, que eu dou é fazer esticões curtos por causa do atrito na corda.
os grampos que saem pra direirta são da variante maria cebola e a chaminé escura que sobe a esquerda é a blackout, precisa de lanterna. deixo a escolha por conta do freguês. eu acho a maria cebola legal pra uma vez (boa foto), eu geralmente toco a black out por que eu acho mais unico, diferente de tudo.

depois os dois caminhos se encontram e rola mais umas chaminés obrigatórias, o passo do gigante, que é um domínio com um grampo de 1/2, da a volta numa pedra a esquerda e mais uma chaminezinha. mais um lance de orientaçnao estranha, meio em tesoura pisando num bico onde você tem passar pra outra rocha e seguir uma fendinha de dedos, se você se esticar um pouco encosta com as costas do outro lado e entra em chaminé, uma parada em um grampo só e uma caminhadinha ate a escada de metal, que da no cume.

parabens! se tiver uma massaroca de nuvens chegando, desce logo daí louca(o) que rola muita tempestade eletrica nesse cume!!!

desce pela texeira face norte:
foto roubada

a descida que eu recomendo é descendo reto (de pé, tendo a escadinha nas suas costas, virar para a esquerda) o outro lado da escadinha, entrando de baixo de uma espécie de gruta com uns grampos com argola originais da conquista, bem velhos mas ok. tem gente que leva duas cordas pra rapelar desde o cume, uma parada dupla que tem lá. eu acho besteira e perda de tempo. lembre-se: quanto menos peso melhor. tem que levar água, anorak, lanterna e comida, então podendo economizar peso extra, eu acho legal. muitas vezes uma escaladinha que pode ser rápida vira coisa de dia inteiro e as vezes varando noite por despreparo.

uma parada dupla e dai alguns rapeis de 25 metros, com uma corda so desce tudo. descendo e seguindo uns platôs pra direita, se você estiver olhando pra parede, dando a volta no dedo em sentido anti-horario
(em direção a face oeste) ate avistar o escalavrado.

dai so seguir a trilha pra baixo bem obvio. 
eu normalmente desescalo os cabos solando (se estiver seco, óbvio) mas rola de rapelar os ultimos tramos de cabo.

não esqueça de dar baixa na portaria do parque ou com o funcionario que pode estar no acostamento da estrada! isso é importante pra o parque saber que tudo correu bem.

abrazos,
Eduardo Ducha

pequeno video de um solo meu na leste/blackout:

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