O que é o C.E.U. centro de escalada urbana, o que eu tenho a ver com isso e como as pessoas podem ajudar:


Meu brother e sócio Andrew Lenz sempre (desde que eu o conheço) trabalhou em projetos sociais, com ou sem financiamento de ongs. Eu, como artista plástico, tive a oportunidade de trabalhar temporariamente em projetos culturais de ulgumas poucas ongs e o que eu via nunca me agradou, na prática.
A primeira vez que ele me falou dessa idéia, quase um sonho que ele tinha, de abrir uma escala de escalada pra ensinar na rocinha eu já imaginei uma ong 171, grana estatal, gente encostada vivendo de salarios injustificáveis e eu tive que rir. Eu falei: Tô fora.
Mas com a convivência eu fui vendo que as intenções do Andrew eram fazer a coisa andar, nem que fosse só ele indo lá e dando um curso básico pra um grupo da rocinha e pronto. Aí eu acabei me empolgando, eu vi que a coisa era movida por um sonho, uma visão muito pessoal de como os cariocas do asfalto se relacionam com a favela. Muito diferente do que achar, por exemplo,  que a pacificação melhora tudo pra todo mundo, por que pra mim em dez anos os morros da zona sul não vão ter mais marginais por que a polícia afastou eles pra longe e nem pobre por que a especulação vai afastar eles também para longe.
Chegamos a ouvir de amigos escaladores que não era boa idéia ensinar, nem mostrar os equipamentos pro pessoal do morro, por que eles iam ver o valor do equipamento e ia passar a ter roubo de equipos de escalada. Ouvimos esse tipo de coisa de amigos queridos, pessoas esclarecidas mas que de pronto receberam nossa discordância de ponto de vista. Não passou a ter mais ou menos roubo de material de vôo livre por que moradores da Rocinha ou Vidigal aprenderam a voar.
O Asa Firestone apareceu de tanto a Andrew falar dessa idéia pras pessoas. Alguém disse: "Eu conheço alguém que quer fazer a mesma coisa!" era o Asa. Ele é um ávido escalador americano que tem em sua personalidade, entre outras características marcantes, a qualidade de um bom marketeiro.
Eles se juntaram para contruir o site, o blog, o facebook e criar estratégias de arrecadar fundos nos Estados Unidos para o que todos nós achamos ser o mais importante para estabelecer presença física na Rocinha: Um bom muro de esclada.
Eu, Mingo Leahy, Felipe Edney, Tomás Zveibil, Stu Green, Nina Felinto e o próprio Andrew acabamos tocando a montagem temporária de mini-muros no Centro Esportivo da Rocinha e as saídas para caminhadas e escaladas (com coleta de lixo nas trilhas) por estarmos sempre aqui. Mas a ajuda do Asa, agora do Alex Honnold, do muro do Stu na Escócia, o Alien Rock, da Petzl, da Black Diamond, do American Alpine Club, do Beyond Gear (marca do Asa), do colorado climbing school, são muito, muito importantes. E tem tambêm  a galera que ajuda na campanha de arrecadação de fundos on line, O MURO TEM QUE SAIR!!!!!!
No momento continuamos com a parceira com a Escola de Surf da Rocinha, fazendo saidas com crianças e adolescentes em montanhas como: Pão de Açúcar, Pedra da Gávea e Dois Irmãos. Mas estamos literalmente de olho, procurando formar uma turminha boa para o primeiro curso básico de escalada em rocha. Na minha opnião ir para a rocha é didaticamente muito melhor do que aprender no muro, a importância do muro é muito mais a de ser um ponto energético e de encontro entre os jovens escaladores da rocinha, de outras comunidades com escaladores do esfalto e do mundo.
Isso é o que me motiva.

para ajudar na campanha:

http://www.indiegogo.com/adventureforgood

para o site, ainda em construção, do C.E.U. :

http://www.indiegogo.com/adventureforgood

Beyond gear:

www.gobeyondgear.com/





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