this photo I took from internet
me in the first pitch of lost fingers
my favorite summit of all frey group:
campagnile sloveno
campagnile sloveno

there, we climbed buch goin (5+ 100m)
and imaginate (6a+120m) few days later
NY carnival 2008

é facil me conhecer
difícil é me esquecer
t-shirt. microstate capacete
friederich petzel gallery NY 2008
so agora eu me sinto mais a vontade para escrever mais livremente sobre essa viagem de 2005.
as postagens não foram cronologicas mesmo, então la vai.
a laura lima ja tinha sido convidada para a exposição, que era sobre o barroco, uma visão do barroco por um "filtro" contemporaneo. alegoria barroca era o nome.
ela (laura), contou pro alfons hug, curador da expo, sobre meu projeto de fazer o caminho que escoava o ouro de minas gerais para o litoral. ele acabou me convidando para fazer a viagem, os tramites de tudo eu não tenho saco de contar, mas o fato é que um ano depois, mais ou menos, eu tava partindo de ouro preto com destino ao rio. eu, mingo e o burro mardim.
tinhamos algumas regras para essa viagem, limites pré-estabelecidos para o "artwork", ou performance, ou o que queira. fotografia, por exemplo, estava proibido. quando partimos de mariana, o hug fez umas fotos meio escondido com uma camerazinha automatica, de filme. era pra eu ter ficado puto, mas a verdade é que eu gostei de ter saido da linha que eu proprio tinha desenhado.
a documentação seria feita na forma de um diario, que a gente manteve mais ou menos em dia para não esquecer nada. pelo menos um paragrafozinho a gente escrevia para gravar nossas impressões mais fugazes.
passamos por lugarejos minimos, fora do circuito de estradas e hospedagem, as vezes sem eletricidade, se bem que poucas...
ouro preto, mariana, piranga, pinheiros, nem me lembro mais de tantos nomes. tinha que dar uma olhada nos mapas, que não estão comigo agora. de juiz de fora pro rio eu me lembro bem, não sei por que, mas ficou tudo bem claro.
o burro foi doado, depois para a mesmo senhora, d. dora, que me alugou a terezinha em 2001, para expo no agora/capacete.
os mapas são topograficos, tem trechos do diario e um desenho de uma linha vermelha por onde a gente passou. da pra marcar as coordenadas no gps e fazer tudo igualzinho de novo!
o trabalho era conversar com os velhinhos, que eram os habitantes remanecentes, sacar esse exodo, entender as contradições que existem em minas gerais entre esse ritmo que ainda é tão colonial, a temperatura do suor que escorre para a boca, numa ladeira ingreme, sem uma sombra e a modernidade recem chegada, uma geledeira, por exemplo num local onde teve de ser carregada por seis homens, morro a cima por tres horas para chegar em casa. um local aonde mesmo hoje, de noite não se sai de casa por que, apesar da luz eletrica, o escuro abriga o desconhecido.
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